Com o laudo, delegado decidirá se houve responsáveis pelo acidente.
Do G1 São Paulo
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Laudo do Instituto de Criminalística aponta que o tombamento do guindaste na Arena Corinthians foi provocado pelo afundamento do solo. Peritos concluíram que o guindaste não tinha problemas mecânicos, e que o operador não errou. O laudo vai servir para que o delegado responsável pela investigação decida se houve ou não responsáveis pelo acidente no estádio.
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  • “Se o laudo não mostrar falha técnica de ninguém, vai para o lado acidental. O código penal exige isso. Mas para isso eu tenho que ter um o conjunto de provas”, afirmou Luiz Antônio da Cruz, delegado responsável pela investigação do acidente.
Dois funcionários terceirizados – o motorista Fábio Luiz Pereira, de 41 anos, e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos, de 43 – morreram no acidente ocorrido em 27 de novembro de 2013.
Os peritos passaram quase seis meses analisando cada detalhe do acidente que matou dois operários no estádio em 2013. Em novembro do ano passado, uma parte da estrutura metálica que cobriria a arquibancada desabou e destruiu parte da Arena. Dois operários morreram. No momento do acidente, um guindaste estava erguendo uma peça de 420 toneladas.
Desde então, a polícia investiga se houve falha mecânica, na operação do equipamento ou no planejamento da obra. O equipamento é de extrema precisão.
A torre, que ergue peças de até 1.500 toneladas, tem 114 metros de altura. Segundo a fabricante, o guindaste precisa operar em um terreno muito plano, com inclinação máxima de 0,3 grau.
Para os peritos, a base de pedras e chapas de aço – construído acima do solo pra suportar o peso do guindaste – cedeu em alguns pontos. Com isso, o guindaste se inclinou e acabou tombando.
Em abril deste ano, a Odebrecht, empresa responsável pela obra, apresentou um estudo de 500 páginas afirmando que a queda do guindaste não foi provocada por instabilidade no solo. O laudo que a construtora do estádio encomendou a uma empresa especializada, dizia que o aterro compactado de quatro metros de profundidade não se deformou, nem amoleceu com as chuvas e poderia suportar o peso do guindaste.
Outro acidente
Em 29 de março deste ano, outro operário morreu na obra. Fabio Hamilton da Cruz, de 23 anos, quando participava da montagem de parte das arquibancadas provisórias, no setor sul, e caiu de uma altura de nove metros. A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Santa Marcelina, mas não resistiu aos ferimentos. Ao todo, nove pessoas morreram nas construções de estádios da Copa em todo o país.
Os acidentes atrasaram o cronograma da obra. No dia 15 de abril, a construtora Odebrecht entregou o estádio ao Corinthians, mas sem que as arquibancadas provisórias estivessem prontas.
Jogos da Copa
Além da abertura da Copa entre Brasil e Croácia, em 12 de junho, a Arena Corinthians vai abrigar outros três jogos da primeira fase: Uruguai x Inglaterra (no dia 19 de junho), Holanda x Chile (23 de junho) e Coreia do Sul x Bélgica (26 de junho). Pelas oitavas de final, será sede da partida entre o vencedor do grupo F e o segundo colocado do grupo E, no dia 1° de julho.
A última disputa da Copa no estádio de São Paulo ocorrerá nas semifinais, no dia 8 de julho, entre quem ganhar o jogo 59 e o vencedor do jogo 60.

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